quarta-feira, 15 de abril de 2009

Especial; 5 anos do fenômeno religioso das hóstias na comunidade de Garcias







Especial; 5 anos do fenômeno religioso das hóstias na comunidade de Garcias

Passaram-se 5 anos do fato extraordinário ocorrido em Garcias em 9 de abril de 2004, era sexta feira da paixão quando servos da Igreja de São José no bairro Garcias abriram um armário e se deparam com hóstias em âmbulas com cor avermelhada como sangue.
Passado todo esse tempo, exatamente meia década após o ocorrido, vários moradores ainda fazem adoração ás hóstias que estão expostas na igreja de São José.
De acordo com alguns dos fies da comunidade do bairro Garcias, o fenômeno das hóstias iniciou no dia 15 de março quando ás mesmas foram encontradas em ambulas fora do sacrário, dentro de um armário na sacristia. Nesta data era dia de São José, e a comunidade estava em festa, à igreja lotada de fies, e conforme relatos de pessoas, o Padre Sebastião de Faria Ramos que na época era pároco da matriz, foi abordado pela Sacristã Fia que se deparou com duas ambulas com os véus desarrumados contendo hóstias.

Não se sabia se ás hóstias estavam consagradas ou não, estava quase na hora de iniciar a missa, Padre Sebastião ficou muito assustado com ocorrido, diante disso o então pároco da Matriz de São José pediu para a sacristã Fia providenciar um vidro para que fosse depositado nele ás partículas, antes o sacerdote fez a limpeza do recipiente com um corporal branco de linho, e começou a guardar cada hóstias no vidro com muito cuidado, eram cerca de 250 hóstias. A sacristã demonstrava ansiedade, pois a igreja estava lotada de fies e ás pessoas cantavam e rezavam aguardando o inicio da missa.

Ao terminar todo o processo de colocação das hóstias no recipiente, Padre Sebastião pediu a sacristã Dona Fia que trouxesse um jarro com água limpa, onde esta água foi colocada no vidro com ás hóstias, forrou-se com um pano o local no armário onde seria colocado o recipiente, fechou e trancou o móvel. O sacerdote se ajoelhou e rezou, ao levantar-se Padre Sebastião conversou com a sacristã Fia e uma das fies, como Dona Neguita. As duas haviam presenciado o ocorrido, o padre pediu que ambas jurassem perante a bíblia que não iriam comentar com nenhuma pessoa sobre o fato presenciado. O religioso procedeu de forma correta como é pedido pela igreja nessas situações, após 50 á 60 dias ás hóstias na água teriam que se transformar em água com farinha de trigo, todavia não foi o que aconteceu.

No dia 9 de abril de 2004 era sexta feira da paixão, ninguém mais se lembrava do que havia acontecido, havia terminado ás celebrações do dia quando o Padre Sebastião passou a chave do armário para a Sacristã Fia e pediu que ela guardasse alguns dos objetos utilizados na semana santa. Foi então que a sacristã foi abrir o armário e se deparou com o fenômeno das hóstias, o vidro estava intaquito, no entanto haviam alterações dentro dele, grande parte das hóstias estavam flutuando e em uma das partícula um fio avermelhado descia na água e estourava gotas semelhantes a sangue coagulado.
A sacristã Fia chamava insistentemente Padre Sebastião que conversava com um dos fieis. Ao chegar ao local, o sacerdote notou que a sacristã estava muito nervosa e pálida foi então que ela apontou para o vidro, ao ver o fenômeno, o padre também se surpreendeu e ficou sem ação, ao passar alguns minutos o padre disse à sacristã que não era para revelar a ninguém sobre o que ela havia presenciado, e diante disso fez com que Fia jurasse novamente perante a bíblia que não iria contar a ninguém sobre o fato. O padre rezou durante vinte minutos e disse em voz alta.
“Os designos de Deus
são insondáveis”
Em seguida o Padre cobriu o recipiente com um corporal, depois deste momento Padre Sebastião fez um sermão emocionante e inclusive na procissão do enterro, onde fez com que muitos fies chegassem a chorar por emoção, devoção e uma comoção inexplicável que contagiou todas ás pessoas presentes.
Passado semanas o religioso pediu que a devota Dona Neguita fosse a igreja que ele necessitava de lhe contar sobre um assunto muito serio. Dona Neguita atendeu o pedido do padre e foi ao seu encontro. Chegando lá o sacerdote estava muito nervoso e incomunicável, a devota ficou muito preocupada com a atitude do padre e perguntou a ele se estava doente, onde ela ameaçou chamar um médico. Foi então que ele com muita dificuldade resolveu dizer a ela que estava com exames de laboratório. Ela sem saber do que se tratava foi autorizada pelo Padre Sebastião a abrir os envelopes foi então que ela apesar de leiga no assunto, constatou que se tratava de sangue, lendo os exames viu a palavra emacias que em um português mais claro quer dizer tecidos de sangue, diante disso o padre revelou a Dona Neguita que se tratava do recipiente com ás hóstias.

Após três dias Padre Sebastião relatou ao bispo Dom José Belvino todo o fato extraordinário e enviou o material para conhecimento do bispo, foram feitos dois exames laboratoriais, um em Divinópolis e outro em Belo Horizonte. O então bispo Dom José Belvino do Nascimento, solicitou ao pároco que criasse um espaço para que a relíquia ficasse exposta para a população, no entanto que não revelasse aos fies do que se tratava, todavia mais pessoas ficaram sabendo do ocorrido e a informação vazou para a imprensa e logo toda a cidade já sabia do misterioso fenômeno.

O fato chamou muita a atenção da população de Itaúna, pois causou grande espanto das pessoas sobre o que poderia ser o fato extraordinário, dias depois o bairro se tornou ponto de visitas de toda a população da cidade, caravanas, ônibus de turistas, a imprensa estadual e nacional, pessoas dos mais diversos seguimentos da sociedade vieram de várias regiões do país para verem de perto o fenômeno que a cada dia intensificou mais o bairro Garcias com dezenas de pessoas que queriam constatar com seus próprios olhos um dos fatos que marcou época na história de Itaúna.

A nossa equipe de reportagem percorreu o bairro Garcias e conforme o parecer de alguns moradores no dia 6 de maio de 2004 o material foi entregue ao então bispo da Diocese de Divinópolis Dom José Belvino do Nascimento, a diocese se encarregou de encaminhar o material para analise e todo o processo correu sobre segredo da Igreja Católica.

“Eu não fiquei sabendo como transcorreu o processo de analise do material, a partir do momento em que a nossa igreja entregou a o recipiente a diocese eu não fiquei sabendo de mais nada, pois não tivemos mais acesso ao transcorrer da situação” conta Dona Neguita testemunha ocular do fato.

Passado alguns meses em 11 de julho de 2004 o então bispo da Diocese de Divinópolis, Dom José Belvino do Nascimento anunciou na Catedral do Divino Espírito Santo em Divinópolis, sobre como foi o processo de conclusão de pesquisas sobre ás hóstias avermelhadas, quando não ficou constatado milagre e sim um fato extraordinário que foi considerado na época como milagre eucarístico.

No dia 18 de julho de 2004 ás hóstias foram expostas de 12h ás 15h na Catedral de Divinópolis e seguiu em carreata para a Itaúna ás 16h daquele dia. Na igreja de São José, foi celebrada uma missa campal com presença de milhares de pessoas e em seguida a hóstias foram expostas em um ambiente criado para abrigar a relíquia, e até hoje ás hóstias se encontram no local em um recipiente.

Os bispos se reuniram na época em Diamantina em uma reunião e decidiram levar a relíquia para Divinópolis, porém os moradores e fies do bairro não aceitaram o posicionamento dos religiosos, devido a grande resistência das pessoas a relíquia foi mantida na Igreja de São José em Garcias.

Em virtude do fato se iniciou em 11 de julho de 2007, três anos depois uma mobilização de fies chamada de devoção ao precioso sangue de Cristo, trata-se da reza do terço inicialmente esta devoção partiu de duas senhoras Rosa Miriam Braz de Matos e Luciana Coutinho, atualmente participam cerca de seiscentas pessoas.Vários devotos dão testemunhas de curas de enfermidades e milagres e graças alcançadas, um dos fies que alcançaram graças diante da devoção é o empresário Igor Donas que testemunhou cura de enfermidades.
Os encontros aconteciam inicialmente ás terças feiras ás 18 horas e hoje a devoção ao sangue de cristo vem sendo feito todas ás segundas feiras ás 19horas, entretanto um grupo de pessoas rezam o terço todos os dias. Os padres se posicionam de forma neutra em relação essa mobilização que acontece naturalmente, a devoção não é proibida pela igreja. Esse fenômeno que trata-se de um dos fatos mais marcantes na história de Itaúna aconteceu há exatamente cinco anos no bairro Garcias em Itaúna e até hoje não tem uma explicação plausível para o que aconteceu.
Reportagem Mateus Reis e Helenio Lara.
Confira abaixo o arquivo de fotos da época, feitas pela equipe da Rádio Santana-FM.

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