
Água: patrimônio do planeta
Especialistas alertam sobre o desperdício que pode comprometer a vida
O mundo tem se preocupado cada vez mais com a preservação da água. Isto porque somente 0,008% do total da água existente na terra é potável e, mesmo assim, essa pequena porcentagem continua a ser poluída, contaminada e degradada pelo homem. Amanhã se comemora o Dia Mundial da Água, criado pela (ONU) Organização das Nações Unidas para discutir temas relacionados a este bem natural fundamental para a vida.
Nesta data, a ONU também divulgou um importante documento; a “Declaração Universal dos Direitos da Água” que apresenta uma série de medidas e informações que servem para despertar a consciência da população e dos governantes. O agravante é que especialistas prevêem, num futuro próximo, a falta de água potável para grande parte da população mundial.
A declaração dos direitos universais, diz que a água é seiva para a vida, patrimônio do planeta, sendo cada nação responsável pela sua porcentagem. Os recursos naturais de transformação da água suja em potável são lentos, frágeis e muito limitados, portanto todos devem evitar o desperdício.
Em Itaúna, o principal manancial d´água, o rio São João, sofre com a poluição acumulada durante anos. Recentemente, têm sido feitas tentativas de revitalização do São João através da ação conjunta entre a Universidade de Itaúna, o SAAE, a prefeitura e cidadãos preocupados com o meio ambiente. O projeto “São João Vivo” está fazendo um levantamento de mais de 900 nascentes do rio São João e, o que mais impressiona é que as informações são de que 60% dessas nascentes estão degradadas.
O projeto “São João Vivo” existe desde 2005 e além de realizar o estudo do rio, as entidades envolvidas querem elaborar um plano de recuperação das nascentes, através da educação ambiental, conscientização de fazendeiros e arborização de diversas áreas. É também graças ao projeto que o SAAE realiza ações como palestras nas escolas, além de promover a visita de alunos à sua sede, onde eles conhecem como é realizado o tratamento da água que é consumida em Itaúna e como bem como o trabalho de preservação.
Segundo o secretário de Meio Ambiente, Cristiano Carneiro é sempre necessário ressaltar a importância da preservação dos mananciais e, como parte das comemorações do Dia Mundial da Água, ele informa que nesta segunda-feira, dia 23, será realizada a blitz “Eu sou um defensor da água”, evento desenvolvido em parceria com o SAAE para comemorar a data.
Segundo Cristiano, várias mudas do horto municipal serão distribuídas em pedágios nos sinais de trânsito e uma cartilha para instruir sobre a utilização ideal da água também será entregue à população. “Queremos preparar algo maior na semana do meio ambiente em junho e estamos trabalhando em um projeto que cria a disciplina educação ambiental nas escolas que contará com professores disponibilizados pela prefeitura”, diz.
Consumo diário
Segundo o diretor do SAAE, Waldir Melo o consumo de água em Itaúna é de 190 litros por dia, por pessoa. O número é próximo ao que é determinado pela Organização Mundial de Saúde e pela ONU. Segundo estes organismos internacionais, a população deve ter acesso a, pelo menos, 180 litros por dia.
Ainda segundo Waldir, o consumo de água em Itaúna está estável há alguns anos e atualmente, o SAAE tem uma boa reserva o que garante um bom atendimento a até 100 mil habitantes.
Questionado sobre iniciativas de combate ao desperdício, Waldir afirmou que uma solução simples seria que todo o consumo fosse medido por hidrômetros e ressalta que dentre as iniciativas adotadas pelo SAAE está o treinamento de equipes de manutenção da rede e um plantão que ajuda a corrigir vazamentos em curto tempo, além de uma equipe de vistoria que detecta o uso inadequado da água.
Fonte de vida
Formada pela Universidade de Itaúna, a bióloga Isabel Cristina Rocha Pereira, reforça a necessidade da preservação da água que, segundo ela é o único recurso natural que tem importância sobre todos os aspectos, pois seu valor se estende do desenvolvimento econômico agrícola ou industrial até como elemento bioquímico para a vida animal e vegetal.
Sobre o desperdício indiscriminado, ela é enfática ao afirmar que “ele está muito ligado aos costumes e hábitos do dia-a-dia da população. Todos pensam que o problema não é nosso e sim das grandes empresas e por isto é preciso aproximar este problema da nossa vida, com campanhas educativas nas escolas e dentro de casa”.
De acordo com Isabel atitudes simples fazem toda a diferença na economia deste bem natural, como fechar bem as torneiras, regular a descarga do banheiro, tomar banhos curtos, reutilizar a água para diversas atividades e, especialmente, não jogar lixo em rios e lagos, respeitando as regiões de mananciais.
Já o estudante de biologia da UFMG Manuel Loureiro Gontijo afirma que a água é essencial na manutenção do metabolismo humano, além de outros processos bioquímicos e, em relação ao desperdício é taxativo em afirmar que ele continua não por falta de informação e sim por falta de educação ambiental.
Segundo o estudante é na indústria e agricultura que há mais desperdício de água e que “é preciso criar maneiras sustentáveis, usando apenas o necessário de água nos processos produtivos”. Ele lembra que um bom exemplo acontece em Israel, que calcula o uso de água na agricultura para evitar o desperdício.
Manuel ainda alerta para atitudes absurdas presenciadas todos os dias, em toda cidade como “varrer” o lixo das calçadas com jatos de água e diz que deveriam existir leis para fiscalizar e evitar essa perda diária nas indústrias, agricultura e empresas em geral.
“No âmbito domiciliar, acredito na educação ambiental e conscientização das pessoas, tanto crianças como idosos. Também os meios de comunicação são necessários ára divulgar campanhas educativas e informativas”, finaliza.
Reportagem Janine Lorenzo - Jornal Spasso
Especialistas alertam sobre o desperdício que pode comprometer a vida
O mundo tem se preocupado cada vez mais com a preservação da água. Isto porque somente 0,008% do total da água existente na terra é potável e, mesmo assim, essa pequena porcentagem continua a ser poluída, contaminada e degradada pelo homem. Amanhã se comemora o Dia Mundial da Água, criado pela (ONU) Organização das Nações Unidas para discutir temas relacionados a este bem natural fundamental para a vida.
Nesta data, a ONU também divulgou um importante documento; a “Declaração Universal dos Direitos da Água” que apresenta uma série de medidas e informações que servem para despertar a consciência da população e dos governantes. O agravante é que especialistas prevêem, num futuro próximo, a falta de água potável para grande parte da população mundial.
A declaração dos direitos universais, diz que a água é seiva para a vida, patrimônio do planeta, sendo cada nação responsável pela sua porcentagem. Os recursos naturais de transformação da água suja em potável são lentos, frágeis e muito limitados, portanto todos devem evitar o desperdício.
Em Itaúna, o principal manancial d´água, o rio São João, sofre com a poluição acumulada durante anos. Recentemente, têm sido feitas tentativas de revitalização do São João através da ação conjunta entre a Universidade de Itaúna, o SAAE, a prefeitura e cidadãos preocupados com o meio ambiente. O projeto “São João Vivo” está fazendo um levantamento de mais de 900 nascentes do rio São João e, o que mais impressiona é que as informações são de que 60% dessas nascentes estão degradadas.
O projeto “São João Vivo” existe desde 2005 e além de realizar o estudo do rio, as entidades envolvidas querem elaborar um plano de recuperação das nascentes, através da educação ambiental, conscientização de fazendeiros e arborização de diversas áreas. É também graças ao projeto que o SAAE realiza ações como palestras nas escolas, além de promover a visita de alunos à sua sede, onde eles conhecem como é realizado o tratamento da água que é consumida em Itaúna e como bem como o trabalho de preservação.
Segundo o secretário de Meio Ambiente, Cristiano Carneiro é sempre necessário ressaltar a importância da preservação dos mananciais e, como parte das comemorações do Dia Mundial da Água, ele informa que nesta segunda-feira, dia 23, será realizada a blitz “Eu sou um defensor da água”, evento desenvolvido em parceria com o SAAE para comemorar a data.
Segundo Cristiano, várias mudas do horto municipal serão distribuídas em pedágios nos sinais de trânsito e uma cartilha para instruir sobre a utilização ideal da água também será entregue à população. “Queremos preparar algo maior na semana do meio ambiente em junho e estamos trabalhando em um projeto que cria a disciplina educação ambiental nas escolas que contará com professores disponibilizados pela prefeitura”, diz.
Consumo diário
Segundo o diretor do SAAE, Waldir Melo o consumo de água em Itaúna é de 190 litros por dia, por pessoa. O número é próximo ao que é determinado pela Organização Mundial de Saúde e pela ONU. Segundo estes organismos internacionais, a população deve ter acesso a, pelo menos, 180 litros por dia.
Ainda segundo Waldir, o consumo de água em Itaúna está estável há alguns anos e atualmente, o SAAE tem uma boa reserva o que garante um bom atendimento a até 100 mil habitantes.
Questionado sobre iniciativas de combate ao desperdício, Waldir afirmou que uma solução simples seria que todo o consumo fosse medido por hidrômetros e ressalta que dentre as iniciativas adotadas pelo SAAE está o treinamento de equipes de manutenção da rede e um plantão que ajuda a corrigir vazamentos em curto tempo, além de uma equipe de vistoria que detecta o uso inadequado da água.
Fonte de vida
Formada pela Universidade de Itaúna, a bióloga Isabel Cristina Rocha Pereira, reforça a necessidade da preservação da água que, segundo ela é o único recurso natural que tem importância sobre todos os aspectos, pois seu valor se estende do desenvolvimento econômico agrícola ou industrial até como elemento bioquímico para a vida animal e vegetal.
Sobre o desperdício indiscriminado, ela é enfática ao afirmar que “ele está muito ligado aos costumes e hábitos do dia-a-dia da população. Todos pensam que o problema não é nosso e sim das grandes empresas e por isto é preciso aproximar este problema da nossa vida, com campanhas educativas nas escolas e dentro de casa”.
De acordo com Isabel atitudes simples fazem toda a diferença na economia deste bem natural, como fechar bem as torneiras, regular a descarga do banheiro, tomar banhos curtos, reutilizar a água para diversas atividades e, especialmente, não jogar lixo em rios e lagos, respeitando as regiões de mananciais.
Já o estudante de biologia da UFMG Manuel Loureiro Gontijo afirma que a água é essencial na manutenção do metabolismo humano, além de outros processos bioquímicos e, em relação ao desperdício é taxativo em afirmar que ele continua não por falta de informação e sim por falta de educação ambiental.
Segundo o estudante é na indústria e agricultura que há mais desperdício de água e que “é preciso criar maneiras sustentáveis, usando apenas o necessário de água nos processos produtivos”. Ele lembra que um bom exemplo acontece em Israel, que calcula o uso de água na agricultura para evitar o desperdício.
Manuel ainda alerta para atitudes absurdas presenciadas todos os dias, em toda cidade como “varrer” o lixo das calçadas com jatos de água e diz que deveriam existir leis para fiscalizar e evitar essa perda diária nas indústrias, agricultura e empresas em geral.
“No âmbito domiciliar, acredito na educação ambiental e conscientização das pessoas, tanto crianças como idosos. Também os meios de comunicação são necessários ára divulgar campanhas educativas e informativas”, finaliza.
Reportagem Janine Lorenzo - Jornal Spasso
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